RS antecipa vacinação contra febre aftosa

A vacinação contra febre aftosa, que começaria em maio no Rio Grande do Sul, foi antecipada para a primeira quinzena de março. A medida, foi anunciada pelo Secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do estado, Covatti Filho.

“Não temos a data exata de início da campanha ainda, mas ela acontecerá já na primeira quinzena de março. A ministra [Tereza Cristina] estabeleceu essa data, porque até lá as empresas de elaboração da vacina podem trabalhar para fornecer os produtos dentro do prazo.”, explicou o secretário.

De acordo com o secretário, a antecipação da campanha está relacionada à tentativa do governo do estado de mudar o status sanitário em relação à doença. “Como o Rio Grande do Sul tem que ficar um ano sem vacinar para conseguir a retirada de vez da vacina e nós precisamos fazer o pedido [de fim da imunização] um ano antes para a Organização Mundial [da Saúde Animal] – sendo que eles se reúnem uma vez por ano em maio – então, por isso, que nós precisamos vacinar o rebanho em março. Se fosse pelo rito normal, em maio, daí não conseguiríamos retirar em 2021”, justifica.

Para Covatti Filho, as exigências mais simples do relatório se referem à adequação de legislação, já as mais complexas demandam a aquisição de 100 veículos novos e a contratação de 150 auxiliares administrativos. O secretário não soube especificar o investimento necessário para as adaptações, mas adiantou que as licitações já estão em elaboração.

“Resumindo, não é uma prerrogativa de que a gente vai se tornar um estado livre de aftosa sem vacinação. Na verdade, essa antecipação, se a gente não tivesse feito, [seria um sinal de que] a gente já teria uma decisão formada de que não iríamos querer o fim da imunização”, finaliza.

Entre os pontos positivos da evolução do status sanitário estão a abertura de mercados internacionais e o ganho de valor à proteína animal comercializada. Entre os negativos está, segundo Covatti Filho, a necessidade de redobrar a atenção na defesa a fim de evitar contaminações e, consequentemente, prejuízos aos produtores.